Da Irlanda para as Beiras

Depois de dez anos de uma relação intensa e proficua, vejo-me agora a encestar fortemente uma nova carreira dentro da mesma carreira.
foi numa segunda feira sombria que me deram a noticia, e talvez por isso fiquei assim um bocado enevoado. Passaram me uma pasta nova, mas para isso tive que largar o meu bébé que tanto trabalhinho, tanto prazer, tantas ventanias, tantas alegrias me deu.
Á conta dele fui multado por excesso de velocidade, fui apanhado no balão, fui quase obrigado a seguir para o hospital. Eu sei lá... mas o gozo que me deu, esse não me tira ninguém!!

viu-o crescer, alimentei-o e fiz como a pasta medicinal couto... pu-lo nas bocas de todas as boas gentes.!! Agora vai crescer nas mãos de um estranho, ou estranha, mas acredito que vai crescer bem!!

Eu, pelo meu lado, posso dormir descançado. dei muito de mim ao miudo e ele aí está para ficar. O pai, o Jaime, acredito que esteja orgulhoso. Irlandês de cepa, tou certo que gostou da maneira como o tratei.

A partir de agora vou avançar para territórios mais doces, mais castiços, e acima de tudo mais nacionais. Adoptei um novo miudo que já não é bebé, mas que mesmo assim precisa de crescer. Este é mais docinho, porque é é mais fresquinho porque também é, e embora não ande na boca de todas as boas gentes (ainda) não é estranho a ninguém!

É nosso, é Tuga dos sete costados, produzido, emgarrafado e embalado ali para os lados da Lousã. É Beirão e é Licor.

Não tem o charme de um champagne francês ou de um Whiskey Irlandês. Mas é Tuga, é legitimo e faz parte da nossa cultura! Só por isso bále a pena apaparicá-lo!!