O Marquês de Paiva

Tive o prazer de conviver intensamente com este personagem, que se cruzou, sem eu nem ele querermos pela minha e dele vida.
Foram aí uns 6 quase 7 a caminho dos 8 anos de convivio diario interrompido periodicamente de 5 em 5 dias durante dois dias, e cerca de 22 a 24 dias por ano, consuante as férias de cada um.
o Marquês, no alto da sua sabedoria mostrou como ainda, existem neste mundo pessoas de caracter, integridade e sentimento de partilha.
Conseguiu transmitir-me muito das suas sabedorias adquiridas através de anos de experiencia no ramo, que foi cultivando pelas varias empresas que passou.

Mostrou-me o bom , o mau e o péssimo daquilo que mentes mesquinhas e egoistas podem fazer aos colegas, só por não serem competentes, mas sim por terem de ser toda a vida sobreviventes.

Não dava show off, não se intitulava guru, não se destacava das multidões, mas todos estes anos o seu caminho foi certo, correcto bem construido e honesto.
Quando o mal aparecia corrigia, e mostrava o erro, não guardava rancor.
Quando o bem se mostrava cumprimentava, apertava a mão e felicitava. Não mostrava inveja.

Por azar dos astros, das luas das estrelas e dos firmamentos, foi obrigado a largar tudo de novo como tinha feito há 8 anos atrás.
Por combinação das forças celestiais o motivo foi o mesmo. Não por falta de qualidades ou resultados. Mas por excedencias de recursos.

Por um lado fico triste, por outro fico contente. Foi acima de tudo um amigo, que apesar de frequentemente se baldar a convites convivialistas de fins de semana no norte com a familia, era frequentemente desafiado a sentar-me com ele durante a semana á mesa das refeições, onde placidamente partilhavamos as nossas frustrações e alegrias.

Fico triste, porque não vou ter esses momentos tão assiduamente com tinha.
estou contente porque sei que esses momentos ainda vão continuar.