quinta-feira, setembro 30, 2010

À que virar o bico à Pedra

Xiii o que práqui bái de esterismo. Hoje alebantei-me erão práí umas cinco e meia da manhã, proque o raio do sr. bisconde deu as instrussões ao Valério Gomes o nosso capataz que queria que as cabalarissas focem todas alimpas e postas a brilhar que o bisconde ia convidar uma gente da sua laia que são todos titulares de nomes e titalus importantes...lá pra eles qu'eu pra mim importante importante é o sr. Bisconde não saber que às vezes salto prá monda de feno ca sua cunhada...

Erão já seis e meia quando cumessei a limpar as cabalariças, larguei os cavalos no campo para correrem um bocado, fiquei aflito qu'aquelas pilecas já tão velhas e qualquer dia menos agente espera caiem pro lado com um afarto do coração, tadinhos dos bichos.

Pelo que o Valério Gomes me disse o Visconde anda todo atarefado. Pediu para lhe enxermos a casa com comida. Foi por isso que lá deichamos 3 javalis e 60 perdizes, que o visconde julga que caçou no outro dia.... se ele sabe que 2 javalis e 78 perdizes foram parar a casa do Ramiro Jacinto, o pastor que andou a fazer de batedor mais a gente...e que só demos aquilo ao Visconde.... a sorte é que o Ramiro é cá da gente e não vai contar nada, também se contar, tá em sarilhos porque ca divisão ele ficou com 1 javali e 30 perdizes...
O que interessa é deixar o Visconde contente.
Contou-me a dona Maria, a cozinheira, que o homem lhe pediu para fazer uma feijoada de faizão.... a Dona Maria fez a feijoada...mas o faizão.... é coisa que há muito tempo não vai à mesa do visconde... sempre que há faizão, aparece na mesa uma mistura de pato e galo na mesa dele.
O próprio do faizão esse, ou esses ficam sempre na cozinha à disposição dos lavradores e demais pessoal da casa...é um pitéu...tal qual a cunhada do Visconde...

Tivemos ainda que por uma mesa corrida na adega porque o Visconde quer lá fazer a cerimónia do vinho novo. Aqui é que a gente se ia intalando, não fosse o meu mai novo que tem amizade com o capataz das terras do lado das do sr. Visconde, estavamos assim um bocado atrapalhados. Lá nos dispensou uma pipa com vinho avinagrado a que deitamos umas boas enfuzas de água açucarada, até parece que o vinho é daqueles de coleccionadores... Tá todo engarrafadinho como mandou o Visconde... o vinho novo também tá todo engarrafadinho, mas em casa da nossa gentes...

lá nos safamos amais uma vez, isto cada ano que passa vai ficando mais dificil de conturnar as coisas, mas a gente o que quer é ver o Vsconde feliz, assim não ficamos com penas de lhe adisfarçar das coisas boas lá da casa para as nossas.

Assim como assim o Visconde até qué um homem de bom coração e boa gente, mas a gente não faz por mal, é assim tipo uma partida de carnaval...já dura vai é pra mais de 15 anos....

Fado ao Barão de Navarra

Por ocasião dos seus 45 Anos, uma adaptação do Fado do Estudante.



Fado do Vasquinho

Que bela peça está aqui
Tal qual barril d’agu ‘ardente
Ai que saudades temos de ti
Quando nem sequer eras gente


Nesse saudaz tempo de amor
Nada para ti era melhor
Que um contentor com resmas de raparigas


De peito ao ar botim ao léu
Vivias tu lá no laréu
sem te ralares
e tudo mais eram cantigas


Nenhuma delas te prendeu
Com força aos pés da cama
Até ao dia em que apareceu
Um Maganão lá d’Alfama

Sempre sentado num carrão
Botim de pele com tacão
Vinhas a rir com um bidão e ar descarado
Pra emborcar um pouco mais
Ias dançar para os arraias
Pra namorar beber folgar cantar o fado


Recordo agora com saudade
As coparias qu’ele bebia
Eram barricas sem idade
Da melhor enologia

Evoco em mim recordações
que não têm fim desses serões
No botequim daquele lagar de má fama
Noites passadas a cantar
Entravas sempre cheio de classe
Onde bebias sete dias por semana...

Ao Vasco vai toda a minha fé
Em amizade e simpatia
É nobre no trato e até
A cantar fado atrofia

Quando é chamado tem pavor
Mesmo desafinado e sem rigor
Tens medo ò Vasco mas ninguém há que te resista
É o nosso amigo popular
tem emoção faz-nos calar
e eis a razão de estar cá hoje ò meu artista!!

Há Festa na Pedra!!

Hoje acordei mais tarde, fui ver a aranha do primo Velho...oxalá trouxesse algum dinheiro, não a encontrei. Deve ter ido montar a teia noutro canto mais escondido.

Começam hoje por aqui os preparativos para o grande fim de semana que se adivinha.
100 Anos de Luto, é uma data importante que tem de ser celebrada.
E nesta casa as celebrações obrigam a comemorações.
Os cavalos neste momento já seguiram para o prado. Estão à solta para esticarem as pernas e rebolarem no pó como que estivessem num spa a fazer esfoliação.
Os moços de estrebaria, aproveitam e estão a limpar as cavalariças, camas novas, ração redobrada, um banho e barrela ao chão e às manjedouras. O Ti Manel está a dar retoques nas pinturas e o seu filho mais novo, o Narciso, a concertas as gambiarras e os candeeiros.

A partir de hoje a casa vai ficar iluminada até dia 4 à meia-noite. À meia noite e um minuto tudo se apagará. o escuro vai voltar, para acompanhar a escuridão destes últimos 100 anos.
A Bandeira Azul e Branca vai descer a meia haste e vai-se cantar o fado.

O patio está a ser varrido das primeiras folhas de Outono, com o barulho tipico da vassoura de tojo do sr. João.
No jardim, ajardinado, a carranca vai ser ligada para se ouvir a água a correr. Pára também à meia-noite.

Foram mortos 3 javalis e 60 perdizes nestes últimos dois dias. Está cheia a despensa. Na cozinha a azáfama começou cedo e a menina Maria, cozinheira de mão cheia está já a preparar a feijoada de faizão, para ser servida daqui a dois dias...nada como uma feijoada apurada.

Os convivas começam a chegar já hoje. O Barão de Navarra, no seu elegante porte e altivez, sempre com os seus botins imaculadamente encebados enviou um telegrama a confirmar a chegada hoje pelas 4 da tarde. A sua mulher, a Baronesa de Lavra, chega sábado de manhã no primeiro comboio.

Os Marqueses de Fofo também confirmaram a presença. Vêm com a viola e a guitarra portuguesa para animar os serões. Foi providenciado o melhor quarto da casa, com vista para a mata, sobre as parreiras das vinhas.

Na adega o Jacinto da Bilha começou a engarrafar as 240 garrafas do vinho da última pipa. O rótulo azul e branco com o brasão da familia vai ser colocado ainda esta tarde. Assim que engarrafar o vinho vai limpar a adega e encher o lagar com petalas de flores, azuis e brancas, claro está.
A primeira ceia e a cerimónia da abertura do vinho vai ser feita na adega, que já está quase toda engalanada, e montada uma mesa corrida entre as barricas e os toneis. Este ano as tochas a petróleo foram reforçadas para dar mais luz e calor que as noites já começam a arrefecer.

Sexta feira à noite chega D. Inês, Condessa do Baleal, ainda não sabe se vem com a sua querida amiga a Viscondessa de Lourenço Marques, que se encontra ainda adoentada.

No Domingo, por entre as horas do pequeno almoço e o Almoço, junta-se aos convivas o Visconde Estorninho, eximio esgrimista, um apaixonado pela viola de fado e excelente contador de Estórias.

A companhia está quase completa, ainda não há noticias do Conde de Bergerac, acabado de vir de uma viagem de circunnavegação, encontra-se ainda a recuperar de uma doenca venerea apanhada junto às praias da Polinesia Francesa, junto com o seu adido cultural o benemérito Duque de Moledo e Vital.

As celebrações vão ser importantes e esfusiantes. Pela tristeza das celebrações oficiais aos 100 da Republica mas principalmente pela alegria do conbibio!!

Vivá Monarquia e tal e coiso!!

quarta-feira, setembro 29, 2010

Uma Pedra Furada no sapato

Cheguei ontem já o sol se escondia por detrás do S. Miguel. A primeira coisa a fazer, claro está foi, ir à fonte buer aquela água que só aqui é que há. Depois inspirar fundo e sentir todos os cheiros que me são queridos. Passou quase um ano sem cá ter vindo e já estava a entrar em parafuso.
A casa impecável como sempre deu-me as boas vindas com um ranger das madeiras e o ladrar do Bau Dai.
Arrumei a tralha toda porque não tarde chega a Dáma e desarrumações não é com ela. Se me visse agora... de pijama na casa de jantar a tomar o pequeno almoço vindo directo da cama, também não ia gostar. Mas estou sozinho e ninguém vai saber.
Lá fora o dia apareceu frio, a mostrar que o outono já aí está, e vai ser preciso um agasalho mais do que aquilo que estava à espera. Já abri as janelas para entrar a luz, já vi o melro a jogar ás escondidas no buxo. O galo já cantou as galinhas já andam cá fora. Na Mata, que está verde e imaculada dos fogos que à volta arderam os carvalhos ainda não acastanharam os castanheiros carregados de ouriços prontos a serem abertos daqui a mais algum tempo. O plátano e o carvalho do Canadá ainda têm o verde do verão mas já se nota nas pontas algumas folhas menos verdes.
As ramadas à volta da casa, já sem os cachos de uvas estão a dourar ao sol, umas mais que outras, mas ainda todas cheias de folhas.
Hoje vou espreitar os figos, dar um salto à poça para ver a água, sentar-me na pedrafurada para descobrir um esquilo e quiçá subir ao pico.
Tenho que encontrar os peixes as carpas que o meu amigo Barão de Navarra, me ofereceu à um ano atrás.
O lago está limpo e cheio, o jardim ajardinado e o pátio arrumado. Tudo num sossego e descanso daqueles que me fazem preguiçoso, haaa mas sabe tão bem!!
Dentro de casa nada mudou, tudo no seu lugar, tudo impecável como à tantos anos tem estado. A luz eléctrica e a sua instalação é nova, novinha mesmo e a diferença para melhor nota-se.

Não me posso esquecer de ir provar o vinho. Que como me dizem todos os anos... "Tá buom menino!" , é um sacrifício que tem de ser feito. Vinho tinto verde, de vinhas velhas e outras menos novas, feito como se fazia à cem anos atrás, pisado a pé, ralado no ralador manual, fermentado ao ar e filtrado na bica. Não envelhece em toneis, não estagia em barricas de carvalho francês, não é fermentado com controlo de temperatura, não tem os aromas a blá blá, nem é bom para acompanhar isto ou aquilo.
Não aparece nas grandes garrafeiras nem à mesa de ministros e generais. Ninguém fala nele nas provas e feiras de vinho. Não é preciso. Um néctar destes, só pode mesmo ser servido para quem gosta.
Mas é nosso, vem da nossa terra das nossas vinhas da nossa adega.

è aqui que me sinto em casa, é este o meu bocado do mundo. E embora não seja mesmo meu, é por aqui que me reencontro e recarrego para voltar para aquela vida sem nexo.

segunda-feira, setembro 06, 2010

o Velho Primo Velho

Tinha prái uns poucos anos aquando a minha aparição por estes mundos se deu. Não m'alembra muito bem ( nem mal ) do meu primo mais velho naquela altura...(devia ser da idade).

Sempre olhei para ele como um gajo velho, mais velho, importante, filho do tio mais velho importantíssimo. Andava sempre á volta das vespas das solex das motas e de motores.

Quando os manos iam para o mar velejar ele fica lá por casa a ouvir os motores no autódromo, com a nortada o som chegava á varanda e ouviamos as largadas e os despistes ás vezes. Volta não volta, que era quase sempre metia-se na mota que tinha à mão e lá ia o rapaz ver aqueles cavalos a assapar.

A primeira recordação que tenho dele não é com motos nem com barcos. É com pinheiros na mata a subir ao monte...acho que que nunca mais o vi por aquelas bandas....

Depois, à medida que ia crescendo lá me fui lembrando do gajo mais a miude.... do casamento mal me lembro mas lembro-me da Miúda. Ele de bigode à reaccionario ela de saia-casaco à época. Ele deixou crescer a barba ela deixou o saia casaco.

Lembro-me também duma certa mota amarela que teve e que o fez saltar por cima de um táxi na rotunda de Cascais, foi um escândalo!! o Gajo tinha que deixar as motas os carros os motores e os tractores...foi difícil, lá largou a mota mas o resto.... ainda hoje não consegue largar o vruuummm vruuummm, e como tem uns primos que fazem disso profissão não os larga quando carregam no acelerador em Le Mans, ou noutros sítios.

Levou-me pela primeira vez a ver um rallie, ali para Alcabideche, apanhei tamanho cagaço com o "tubro lá para cima a assapar" que do rallye só me lembro de ver um carro quase em cima de mim...não fosse um buraco das águas onde me escondi, acho que hoje não estava aqui... Mas gostei daquilo também, do cheiro da gasolina do guinchar dos pneus... por causa disso já bati alguns rallyes por este Portugal a fora.

o Ultimo que fui também foi com ele, ver passar o Dakar em casa dos primos... um luxo...

Foi com ele também que ainda fui um ano ou dois ao Estoril ver a Formula 1 no peão sul...belas mines e coiratos.

Coiratos e Torresmos também foi ele que me ensinou a gostar. Ali de fronte a casa atravessando a rua antes da ponte na camionete do ...(não m'alembra o nome). Íamos lá à tarde lanchar...ás vezes que o dinheiro não chegava para grandes patuscadas.... Ma ir com o Primo mais velho tinha uma granda pinta!!

Entretantos crescemos os dois, eu em altura primeiro e depois em largura, ele também foi...diminuindo o tadinho...hoje quando me fala olha para cima e eu para baixo... continua a ser o primo mais velho...mas não é aquela coisa do Primo mais velho...basicamente tá um puto como eu. E por isso virou o PrimoVelho!!.

Tive a sorte de ter corrido duas vezes no circuito do Vasco Sameiro em Ford Fiesta, com um amigo dele uma vez. E ter feito algumas corridas valentes de kart, onde me lembrava sempre que ele teria gostado de participar. Mas agora...com o adiantado da idade não sei se será boa ideia marcarmos uns karts para nos picarmos...

Continua a ser uma ganda pinta estar com ele, ora á volta do sobe e desce dos barcos no clube e na marina ora á volta dos pratos de sardinha que devoramos acompanhados pelo Marmota e pelo vinho branco de pressão... dá com cada azia, que nos desculpamos nos pimentos...

Este ano por acasos o sardinhame tem sido parco. Pelas ocasiões que não nos têm sido favoráveis...cada um tem sardinhado à sua vez, mas juntos só naquela tarde enublada no Baleal ( é costume....as nuvens).

É por isso e com o acabar da época que este anos temos que fazer uma sardinhada aprimalhada como deve ser. estou á espera de tempo ( e de bom tempo também) para marcar a dita no Grelhador que pelos 40 anos ele e mais uns quantos me ofereceram e já está montado na casa da minha querida esposia.

Vamos lá ver se conseguimos por tudo em pratos limpos porque Velho ou não Velho, o gajo é o meu PrimoVelho e tem uma ganda pinta ter um primo velho como ele.

sexta-feira, setembro 03, 2010

Aqui Há Peixe outra vez!!

Passou quase um mês sem ter posto os pés em casa da Mafalda e do Miguel, com afazeres profissionais típicos da silly season abalei com ordens postas para os reinos dos Allgarves para aturar Ingleses, Irlandeses e outros géneros germânicos. Como ainda não consigo estar em dois sítios ao mesmo tempo, deixa para trás o meu querido canto Tertuliano do Chiado ali na Rua da Trindade esquina com o largo do Bordalo.

Custa abandonar durante tanto tempo uma casa daquelas, é como deixar de nos sentar na nossa sala descansados. É por isso que esta semana mal tive oportunidade, passei pela sala.

E que bem que sabe!! Tudo está igual mas para melhor!! O Reino do Aqui Há Peixe continua alegre, simpático e acolhedor.

Sentei-me no meu canto ali mesmo ao pé da porta da cozinha para, gritando como manda a praxe ir conversando com Sua Altaneza, entre graças e piadas entraram na mesa uns pimentos do padrón... que como diz o Miguel "uns picam outros non". A Mafalda chegou e a casa iluminou-se. Sabe bem lá estar sabem bem por lá ficar, sabe mal de lá sair, por isso para prolongar o gosto encomendei por sms um compincha que gosta também de comer bem.

Enquanto esperava pelo conviva e entre dois pimentos padron que picam preparei o meu mais que tudo... Aquele Vodka Martini que me sabe sempre a pouco e me refresca muito. ( 5 medidas de Vodka Svedka, 3 Medidas de Larios 12 Botânicas , 1 medida de Martini extra dry white, 1 dash de angustura, tudo no shaker e servido com duas azeitonas sem caroço num palito esterilizado em copo de coktail.)

Óspois apareceu-me uma raia suada em molho de tomate, cebola e outras coisas boas que o Miguel não conta...o raio da raia estava boa, quer dizer... muita boa.... acompanhada com um Burmester Branco fiquei com água na boca, esqueci o padrón picante e arrematei-me para um gelado da veneziana (chocolate morango e baunilha). Fiquei no café e com o compincha segui rumo ao trabalho.
Ficou ainda por adoçar a boca um dos doces da Mafalda, mas como não foi a ultima vez que lá vou, fica um pretexto ( se é que é preciso) para lá voltar. Atempadamente e com tempo para tertuliar entre risos, gritos e graças ali no canto depois dos almoços servidos, com Ela e com Ele acompanhados com um balde de gelo e um "chá" Irlandês.

Só quero que seja depressa.!!

quinta-feira, setembro 02, 2010

Viva a Monarquia

Ando cansado e afastado aqui do limbo virtual, ando afastado destas minhas tertúlias selfmademyself. Ando um bocado despistado de tudo o que anda à minha volta, mas também nada de interessante anda por aí.
Fora o facto do meu afilhado já ter idade para ter juízo e eu próprio também já andar na idade do juízo, tudo o resto não tem nada de interessante. Daí também não ter aparecido por aqui.

Desculpas postas, toca a postar qualquer coisa, nem que seja para manter a conta activa. Não vá o sr. dr. Internet desactivar de vez este trabalhinho que tanto trabalho e anos tem dado.

Ultimamente ando assim um bocado apreensivo, não sei bem porquê, não sei se é o calor se é a barriga, já frondosa. de qualquer forma ando apreensivo.

Ultimamente também ando a notar que anda por aí um complot montado por forças ocultas mas com força suficiente para mexer e moldar as opiniões. Com um disfarçado pretexto conseguem calmamente provocar lavagens cerebrais subliminares mas efectivas.

Aproveitando o facto da nossa triste republica estar a comemorar os 100 anos de existência, andam silenciosamente publicando artigos em revistas, apresentado series na televisão exaltando e elevando a heróis assassinos terroristas pagos e transformando-os em mártires da republica.
Com 100 anos de existência não conseguem mostrar o que de bom a republica trouxe a Portugal, e como defesa toca a denegrir a Monarquia, a Família Real e todas as pessoas de bem que viviam e trabalhavam ao serviço da Nação.

É mais fácil mostrar um Rei gordo anafado, bon-vivant que apesar de o ser também muito fez pelo País. É mais fácil mostrar os podres dos 900 anos Monárquicos do que as qualidades e glorias destes últimos 100... Porquê? Simplesmente porque não as há!

Aproveitando as excentricidades e excessos da Família Real e seus pares, escondem , as perseguições dos grandes senhores Republicanos.

Aproveitando o descalabro das contas da Casa Real, escondem o descalabro das contas publicas provocadas pela República.

Aos poucos , mas consistentemente conseguem apagar todos os traços positivos que a Monarquia nos deixou. Justificando assim todos os excessos, prosseguições, crimes, corrupções, violações, outras coisas que rimam com ..ões, em nome da causa republicana.
Com isto o povinho fica contente e não refila. "Antes assim do que como antigamente".

Na televisão, mostram um Buiça coitadinho, pobre sem meios de subsistencia com dois filhos a viver numa casa mínima sem dinheiro para comprar um piano para a filha que tanto gostava de tocar...Mas ninguém se lembra que ter um piano naqueles tempos era a mesma coisa que ter uma casa de férias no Allllgarve.

Na revista mostram as despesas fartas que a Família Real fazia em compras e gastos. Mas também ninguém se lembra dos milhares de Euros, Contos ou o que seja gastos pelos Ministérios em decorações sempre que um novo ministro toma posse.

Mostram uma Ementa de Reis a comparar com uma ementa de criados na mesma noite no Palácio, os Reis com 5 pratos os criados com 1.... Mas ninguém fala dos lautos banquetes de Estado que são feitos actualmente, em que os empregados de mesa (antigos criados) são obrigados a vir jantados de casa.

É um escândalo o Rei D. Carlos, ao longo da sua vida ter comprado 5 Iates para "passear" mas ninguém se lembra que foi o próprio Rei que fez o levantamento da costa Portuguesa. Também ninguém se lembra que foi um dos maiores Oceanógrafos do Séc. XIX....

É facil dizer que o Rei passava a vida de férias, em Cascais, em Vila Viçosa, mas ninguém se lembra das viagens que um nosso presidente andou a fazer enquanto presidente.

É facil caracterizar um João Franco como um ditador que perseguia os inimigos do Rei, que mandava atirar contra o povo. Mas não há quem fale nas perseguições feitas em nome da Republica, dos linchamentos, das deportações. ou da Camioneta Fantasma de 19 de Outubro...

São 100 anos de republica, com 15 de desgoverno, 49 de ditadura (ditamole na minha opinião que isto não ficou arrumado como devia) e 36 de democracia currupta....

Ai Portugal Portugal....
Não mereces quem cá tens, e quem te tem não te merece.