Por ocasião dos seus 45 Anos, uma adaptação do Fado do Estudante.
Fado do Vasquinho
Que bela peça está aqui
Tal qual barril d’agu ‘ardente
Ai que saudades temos de ti
Quando nem sequer eras gente
Nesse saudaz tempo de amor
Nada para ti era melhor
Que um contentor com resmas de raparigas
De peito ao ar botim ao léu
Vivias tu lá no laréu
sem te ralares
e tudo mais eram cantigas
Nenhuma delas te prendeu
Com força aos pés da cama
Até ao dia em que apareceu
Um Maganão lá d’Alfama
Sempre sentado num carrão
Botim de pele com tacão
Vinhas a rir com um bidão e ar descarado
Pra emborcar um pouco mais
Ias dançar para os arraias
Pra namorar beber folgar cantar o fado
Recordo agora com saudade
As coparias qu’ele bebia
Eram barricas sem idade
Da melhor enologia
Evoco em mim recordações
que não têm fim desses serões
No botequim daquele lagar de má fama
Noites passadas a cantar
Entravas sempre cheio de classe
Onde bebias sete dias por semana...
Ao Vasco vai toda a minha fé
Em amizade e simpatia
É nobre no trato e até
A cantar fado atrofia
Quando é chamado tem pavor
Mesmo desafinado e sem rigor
Tens medo ò Vasco mas ninguém há que te resista
É o nosso amigo popular
tem emoção faz-nos calar
e eis a razão de estar cá hoje ò meu artista!!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário