segunda-feira, março 07, 2005

UN Italiano Vero!

D'espaldinni foi um ser que se cruzou pela nossa singéla existencia, faz aí um bom par de décadas. Nessa Altura eramos todos inocentes, e todos aspiravamos a algo completamente desconhecido mas que fosse extremamente importante.

Ninguém sabia o que era, nem para o que seria, nem para o que servia, mas viamos o D'espaldini, no alto dos seus quase 2 metros e pouco... como se fosse um farol. uma luz a lumiar o caminho.

Um Homem daqueles, era o que todos sonhavamos ser quando fossemos mais velhos.

D'espaldinni, caminhou sempre ao nosso lado mas sempre um bocadinho á frente. .. Farol como era....

Até que por ironia do destino, ou da vida, ou de sabe bem lá o quê, fomos dar com D'espaldinni assim um bocadinho carcomido e despenteado.
Assim, sei lá... meio perdido... meio entristecido... meio sem jeito...

Continuava a ser um Farol, uma referencia, mas só que agora, em vez de indicar o caminho, estava tão aturdido que desparava para todas as partes... para cima das ravinas, para o fundo dos vales, para dentro dos buracos escuros, e dos sotãos velhos....

Já não era aquele pilar de nobreza, que calmamente mantia uma pose de conquistador e de senhor feudal, a lembrar os cavalheiros do fim do sec.XIX.... os últimos verdadeiros cavalheiros da nossa querida terra Lusa...

Por sermos seus acompanhantes, seguidores, confessores, de há pelo menos um bom par de decadas, achamos que o que se podia fazer era estender nossas mãos e braços para ajudarmos D'espaldinni a voltar a erguer-se de novo.

Um a um todos lá fomos, para dar de melhor aquilo que tinhamos. A nossa Amizade. Mas a um por um D'espaldinni, se retirou, se retraíu, se afastou...

Tinha o olhar vidrado e bacilento,,, tinha um palpitar anormal no seu peito, um sorriso que não se sabia se era de felicidade se era de desgosto.

D'espaldinni estava outro homem, e ninguém de nós sabia o que se passava.

Sem mais hipoteses de conseguir o ajudar. Numa manhã fria de Inverno todos ao mesmo tempo colocamos D'espaldinni debaixo de um banho frio e gelado....

Muita contrariado, lá nos respondeu...

A Luz que dele agora brotava e que em vez de alumiar um camonho, alumiava montes e vales e sotãos escuros era somente porque D'espaldinni estava APAIXONADO!!! estava ENCANTADO!!!

Não estava triste, nem cabisbaixo. Estava em EXTASE!!! LOUCO DE ALEGRIA e COMPLETAMENTE DESCONTROLADO!!!

... só via passar aviões e em cada minuto contava os segundos...

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