Um pequenino toque e baque, fez-se ouvir no meu coração...
Ao desfolhar uma revista de alta cultura... ou seria couture? Ouvi um som dentro do meu ser, que foi acompanhado por um leve mas intenso e delicioso arrepio na espinha...
Já quase para o fim da dita revista, apareceu-me á frente uma cara linda! com cabelos loiros (obvio!!) e pele bem apresentada. No seu tom sardento e claro, que revela sanguinidades e antepassados exteriores a este pedaço de Lusitanea.
O artigo simples e bem enfeitado de fotografias, fez despertar em mim alguns sonhos adormecidos e conscientemente esquecidos. Mas ao ver de novo a peça, como se de um famoso quadro de pintor consagrado se tratasse, o baque sentido foi quiçá... fulgurante...
O pikeno coração palpitante palpitou de novo com mais força. Os olhos abrilhantaram-se e as mãos suaram.
Estava ali á minha frente uma musa da joventude, que varios poemas me tinha inspirado. Varias noites de sono me tinha tirado, varios choros de desgosto me tinha criado.
Estava ali... singela... bela... com o sorriso de sempre, com o olhar de antigamente, com o corpo ondulado marcado pela idade mas sempre sempre belo.
Não querendo consumir-me mais, nem deixar que o passado voltasse a trazer os sentimentos já (pensava eu...) apagados, resolvi virar a página e ler o Horoscopo... sempre limpava a mente daqueles doces mas venenosos pensamentos...
Só que o raio da musa, já não me larga!!!!!! Viro para a esquerda... viro para a direita... olho de frente o sol... encandeio-me com o mar e o pensamento e a imagem dela não desaparecem...
O caso está grave e para acalentar os meus tormentos decidi procurar alento diretamente na fonte.. com buscas incessantes descobri-lhe de novo o nome mas não o contacto.
Revirei arquivos velhos, procurei cartas antigas, remexi no fundo do baú só para descobrir os 9 numeros mágicos... mas nada encontrei.
..E assim... triste e saudoso, resolvi emigrar. Re-li o artigo, re-li de frente para traz, de traz para a frente, de cima para baixo, do principio ao fim, do fim ao principio.E?, o que descobri?
Sempre a mesma resposta... Ela quer-me de novo, como nunca me quis. Eu quero-a de novo como nunca deixei de a querer.
Por ser pintora, por ser mãe e por estar longe... vou emigrar, só para poder estar perto.
AI AI...
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