Tanta coisa passa por este pequeno País em tão pouco tempo que passa uma catrefada de tempo que não passa nada.
Mas pelo que se passou, passou o País a estar eufórico ( tanto para um lado como para o outro) como se um grande acontecimento anormal tivesse acontecido. A Noticia lá do inquilino de Évora passou a ser importante, mas só depois de levarmos com outra catrefada de peças sobre o impacto internacional da noticia e a cobertura pelos média estrangeiros é que para os Jornalistas é que a noticia passou a ser importante.
À conta delas ( da noticia e da cobertura internacional) os nossos rapazes sentiram-se o centro do mundo!! Agora sim, temos as atenções mundiais!! qual E. I., qual guerras no médio oriente, qual Palestina, qual Turquia ou Israel....
O que tá a dar é Évora!! e a linda porta esverdeada de chapa sempre guardada pelos vetustos barrigudos guarda do belo estabelecimento.
Se nos sentarmos num restaurante com uma televisão acesa, sem som, as imagens que aparecem são deprimentes.... Uma catrefada de jornalistas a filmar um muro branco a fazerem um jogo do empurra empurra para espetar um micro na boca de qualquer pseudo personalidade fideputapolitica que por lá aparece para ganhar um tempo de antena a fazer um basqueiro de injurias contra a tal da Justiça, o tal do juiz, o tal do tal qualquer que seja...
A imagem é linda!! Parede grande muro alto todo caiado de branco branquinho a reflectir a luz do inverno Alentejano ali numa das capitais do Internacional Cante!!
Essa é outra!! Agora, é que é!!! O cante agora é importante porque foi considerado importante lá fora!! e lá voltam as hordas de jornalistas, de pseudointlectuais a delirar por tamanha conquista que se junta ao Fado também...
Pobre País este... que só dá valor ao que temos cá dentro quando vem de fora..e acha que a nossa História não nos pertence...
Mas não é de agora, já tem muitos anos esta sina. também não é do tempo do velho senhor que caiu da cadeira no forte ( onde estava a passar férias, e não tinha sido mandado para lá...).
Também não vem da altura épica da infame carbonária e sua mãe, responsável primeira pelo descalabro a que chegamos.
Faz parte de nós, talvez desde as invasões francesas e do grito do ipiranga. É uma sina que se tornou intrínseca no nosso DNA que separou o Portugal de antes com o Portugal de agora, e que ainda chega ao nossos dias.!!
Basta ver os programas de televisão sobre os nossos descobrimentos e as nossas aventuras pelo mundo. Nunca ninguém, nenhum apresentador, nenhum historiador, nenhum comentador fala na primeira pessoa do plural quando se refere aos nossos feitos pelo mundo. "Nós chegamos a Malaca..."
Falam sempre na terceira pessoa do plural "Os Portugueses chegaram a Malaca..."
É por este pequeno e importante pormenor que NÓS vamos continuar pequenos. Porque NÓS não admitimos que FOMOS grandes. E SOMOS Portugueses, os mesmos que chegamos a todos os cantos, muito antes que outros.
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