quarta-feira, outubro 01, 2014

Noites Berimbareanas

Mais um bocadinho e passa um ano sem ter vindo aqui deitar para o lixo qualquer coisa de prosa patética...
Tá mal , Tá mal, até porque os meus leitor ( não é erro... ) já se me queixaram amiúde da situação, mas a verdade é que a situação do miúdo não tem trazido inspiração valida para postar em tão alto e muy nobre blog... ( deixai-me assim pensar, de modos que não fique ainda mais depressivo...).
Em um ano, ou quase muita coisa passou...passou o ano, passou o prazo de validade da carta de condução...passou o vinho e felizmente passou a desinspiração...ou não...

Hoje aos dias 1 de Outubro, Continuo igual... sempre que entro no carro venho com mil e uma ideias para postar. saio do carro bebo o café fumo o cigarro e essas ideias esfumam-se... Por isso decidi ( o que para começar...não parece mal...) Vou começar a escrever as minhas memórias por aqui. Aquelas que quero que se lembrem , aquelas que não devia contar e aquelas que se deviam esquecer...
Tipo Big Brother, mas com um suminho especial já que muitas estoiras incontáveis não passei sozinho!! hehe... acho que vou deixar de ter amigos....
Antes disso vou  ao Lopes... com licença...
Não vou falar de Sevilha via Comporta porque já falei.
Hoje e agora vou falar de ... de... de.... bolas... ele há coisas que não posso mesmo... e escritas têm muito menos piada do que contadas ao vivo....
Talvez possa falar daquela noite, há uns quantos anos atrás em que acabei no Berimbar... essa instituição gastronómica fora de horas onde ás seis da manhã servem o melhor Bacalhau desfiado cheiínho de azeite, à lagareiro ou aquele arroz de pato divinal.... francamente nunca percebi se a comida era mesmo divinal ou se derivado da hora e da noite passada, tudo o que se come era absolutamente encantador... ainda hei de um dia ( ou madrugada destas) perguntar se fazem caterings...
E pensando nisso agora uma ideia no meu cérebro anda a germinar.... daqui a uns parcos 8 meses viro os 45  e como tal estou já em pulgas para montar uma alegre tertúlia para comemorar tal data.
Francamente tudo é uma desculpa. Não é por virar 45 mas é mais e principalmente ter chegado aos 45 com uma vida cheia de gente ( ou pessoas) importantes à minha volta. Vejo mais como um agradecimento a todos ( que não são meus leitores, mas não interessa) aqueles que de uma maneira ou de outra me fizeram ser quem sou...basicamente nada de especial, mas até me considero assim de repente um gajo porreiro, e um gajo porreiro nunca vai chegar a nenhum lado, mas ao menos de certo até ajudou e foi  até cabrão... porque não se pode agradar gregos troianos, republicanos e moçambicanos...

Mas enfim, voltando ao Berimbar, Eram aí umas , já passavam das 5 e a fome apertava, por isso eu e amais o meu amigo Barão de Navarra descemos ás catacumbas daquele estabelecimento lúdico e extremamente agradável.
Num canto ali ao fundo a guitarra tocava e acompanhava uma moçoila de cabelo encaracolado grande e loiro, ela de laivos negros aclarados com um vozeirão. Estava ela e ela entretidos e cantarolando modinhas brasileiras e as velhas canoçonetas portuguesas. Ele chamava-se , e chama João Pedro e está igual. Ela chamava-se, e chama Marisa e está diferente, cortou os caracóis, e agora continua com um vozeirão e é famosa, muito famosa segundo consta.
Na mesa ao lado mesmo quase de frente da dupla que se entretinha a cantarolar e animava todos os convivas, que não era mais de seis contando com o meu amigo Barão e eu. Estavam três figurões da noite e do dia e até da TV e mais um outro figurão, mas de estatura de figurinha que mal chegava com os pés ao chão mesmo sentado na banqueta de bar ( daquelas redondas e baixinhas). Como dos 4 personagens 3 eram nossos amigos, aumentamos a mesa e sentamos-nos. A tertúlia estava alegre, uma senhora e seus dois maridos...um actual ( naquela altura) outro com o estatuto de ex. e mais o dito figurão de figurinha.
Pedi o Bacalhau e para não fazer misturas, a garrafa de whiskey. Do Barão saiu um pedido de um prego e um fino ( ele tem raízes nortenhas, que se notam a partir das 4 da manhã...).
A tertúlia da quatro passou a seis, e alegremente dissertamos sobre piadas fáceis e anedotas parvas, tendo como referencia o riso estridente da figurinha figurão, que se ria por bem, por mal e porque sim... mas ao rir dava pulinhos ritmados a acompanhar a gargalhada e batia na mesa com as duas mão criando um batuque interessante que a dupla de artistas aproveitava para dedilhar um samba ou uma chula...
Assim passamos a noite ( ou o que restava dela) rindo gozando conversando e politicando, porque a figurinha figurão, era dessa estirpe. E tendo saído da Assembleia da Republica a altas horas foi ali comer um pato...e de pato o fizemos sempre para o ver rir ritmadamente aos saltinhos e a bater na mesa.
 Ficamos "amigos" e até, embora não fosse da mesma cor que a minha ( ele é laranja, eu sou azul e branco) até simpatizei com a figurinha figurão.
E sendo figurão, uns meses passados onde nos cruzamos num evento desportivo/social chamado Estoril Open, vendo-me sentado numa mesa, levantou-se propositadamente e veio-me cumprimentar... Nessa altura fiz um figurão em frente dos meus directores.

É por isso que hoje até gosto de ouvir aos Sábados na SIC no seu comentário semanal....

1 comentário:

Zé Maria disse...

Coitado do Marques Mendes.
E a sopa de feijão?