Ela veio uns dois dias antes a modos de preparação para o acontecimento. Deixei-a no aerioporto da Portela com a sua mala de rodas coitadas já carcumidas de tanto viajar por arrasto.
Passara a noite toda a escolher um hotel que lhe parecesse cousy e perto do ninho da cegonha, onde iria logo directo mal chegasse. Assim fez feliz e desenvencelhada como é mas acha que não.
Eu segui um dia e meio depois com malinha azul a caber na cabine, milagre para uma semana de temporada. Também trouxe uma mochila aos ombros, vá.
E cheguei ao hotel e ao quarto e deprimi. tão pequeno que era tão abafado e escuro fez me lembrar uma certa estadia na neve com 8 pessoas num quarto igual e com um gaijo doente. Passei-me assustei-me mas lá resignei-me sem antes ter sido bruto com ela. E ela não merecia, são as injustezas dos impulsos...Um beijinho Dama.
No dia seguinte de manhã lá seguimos os dois troc troc passo a passo até ao ninho. Falamos com o mestre mocho que nos explicou tudo, tintin por tintin e depois da punção seguimos para um novo hotel, com um quarto maior, spa, piscina e room serviçe. Maravilha para mim, óptimo para ela. Aí ficamos uma noite a descansar e saímos para andar 600 metros para casa de uma amiga que é amiga de uma amiga casada com um amigo meu, que também é nossa amiga claro está. Um anjo caído do céu, já que Barcelona não é propriamente a Reboleira ( embora tenha parecenças) e os preços das coisas é tipo Quinta do Lago em Agosto todo o Ano. Por isso este AP foi uma bênção.
Aproveitamos e passeamos, rambla abaixo, rambla acima tapas abaixo cerveza arriba, e tal e coiso, bom e cansativo, mas no fundo sabíamos que iria ser o único dia de "folga". O Jantar foi caseiro, a passeio pela Paral lel paramos no supermarcat, e de lá trouxemos alguns viveres para a semana. Hamburguers de porco preto que são uma delicia e um arroz malandro á moda de .... nós mesmos, acompanhados com uns montaditos de jamon iberico e queijo de cabra derretido. Nada mal para empenzar a vida nestas terras.
De manhã já recuperados partimos de novo ter com a cegonha, e fazer a transferencia.
Ansiosos estávamos e entre conversas e risos nervosos lá alinhavamos a vida que vem a seguir, e todas as hipóteses que apesar de tudo não eram as mais melhores boas. Mas afinal de tudo não eram de forma alguma as mais piores más. Das oito que apareceram à festa só cinco poderam entrar na discoteca. Dessas cinco só duas é que se deixaram engatar, no final, só uma é que se apaixonou loucamente, e foi esse casalito que se transferiu.
Para ela foi triste porque queria mais que um, para mim foi maçador porque gostava de ter mais que um, mas a verdade é que para os dois foi óptimo ter vindo um connosco.
E connosco continua apesar dela estar como que bastante dolorida e constantemente incomodada. passaram dois dias e o estado continua continuo, pelo que fomos de novo lá para ver como é que paravam as ultimas modas.
E as tendências da moda ditaram que ela ficasse tranquila, deitadinha, a descansar. É o que temos pois portantos feito. Aqui quietinhos no AP a ver as traseiras dos outros prédios, agarrados ao computador a ver o tempo passar. Ela de vez em quando lá se levanta vai até ao fim do corredor e volta. Eu entretenho-me a escrevinhar estas coisas, preparo o almoço e sigo á rua para fazer compras para o jantar. Das ramblas dos bons restaurantes dos mercados e das vistas já nos convencemos que vai ser para uma próxima oportunidade porque Barcelona se queda aqui, e nosostros tenemos que reposar reposar reposar.
Não sem termos umas pequenas aventuras dignas de registo. Como aquele jantar supimpa que não foi mais que um bluf numa qualquer cervezaria, das 6 tapas dignas de registo todas sabiam ao mesmo, a cerveja é que não, é boa esta Damm, "damm good" como dizia o casal sentado ao lado. O passeio pelo passeio marítimo a quase a molhar os pezinhos no mediterraneo também foi de um bom gosto, principalmente pelo restaurante escolhido ao fim da caminhada, uma esplanada com vista para o mar praia e paseig, rodeada de palmeiras cheias de ninhos de papagaios ou periquitos ( não sei bem). e uma comida fora de serie, que deixa água na boca só de lembrar e mesmo depois de termos comido mais uns belos embergues. Giro giro foi a vinda para casa nas escaleras do metro onde um casalinho lá me abriu a mochila e por pouco não sacava a bolsa que tínhamos com os parcos haveres. A lata deles a fazerem-se coitadinhos... não levaram um tabefe porque não sou de violências, mas era merecido. A reacção do resto das pessoas é que foi de notar, pararam todos para ajudar e prontos a desfazer os larápios de fosse preciso. Devia ter sido para aprenderem a lição. Ainda bem que não foi, não fosse a coisa dar para o torto ou para o tiro já que não sabemos como são as modas e costumes destas gentes nestes afazeres criminais.
De resto um telefonema ou outro lá vem aparecendo, mas o mais importante é o contacto constante com o ninho da cegonha que nos tem descansado as incertezas e duvidas a acalmados as ansiedades.
No porto, onde passamos não vimos nada de especial fora os 200 barcalhões particulares que fazem um vistão e nos fazem sonhar com um mundo lá muitaaa longe.
Ainda não saboreei um Gin Tony daqueles de bradar aos céus, mas o tempo agora também não convida. Talvez daqui um dia ou dois, possa apreciar a pomada com todo o seu esplendor, já que locais não faltam, e com a quantidade de sugestões enviadas via FB, para correr a todas só daqui a dois meses e.... conseguisse sair desta Ciudat. Hoje por falar nisso era dia de Ciudat Condal e Vaso de Oro, dois marcos que marco para uma próxima vinda mais desafogada em tempo e tempo.
Corrermos as montras e lojas da diagonal parecia também um afazer bastante interessante e divertido, mas como estamos , corremos via Internet os museus e monumentos, vemos na pantala, que nunca é o mesmo que os sentir, mas ajuda a descontrair e passar o dia. Já fomos ao Louvre, ao Tyssen, à torre de Belém e demos um salto à Sagrada Família, já que estamos na terra dela não fico bonito irmos à concorrencia....
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1 comentário:
Bem escrito!
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