Meu querido sobrinho e afilhado Tetá,
venho pelo presente deixar-te um pequeno testemunho daquilo que andei a fazer durante este periodo de ausencia, em que nem um mero post me dignei a publicar. Não por falta de tempo, não por falta de inspiração, não por falta de paciencia... mas porque o raio do computador e da intermet não funcionavam com deve de ser.
Faltavas-me tu , meu querido afilhado, para resolver estes problemas tecnológicos.
Sabes, Tété, na verdade tive saudades tuas. É que fartei-me de me cruzar com pescadinhas de rabo na boca a quererem ser pescadas outra vez. Tive contactos transcendentais com garoupas de Fiomiccino e de Palermo, houve até quem me desse a mão para ser osculada, só por saberem que eu, meu afilhado, era teu padrinho.
Apesar da temporada ausente, lembrei-me de ti todos os dias.. durante a noite, principalmente, porque de dia estava nas minhas sete quintas... mar, vento, velas, barco, sol,petiscos e bebidas frescas... não pude pedir mais. porque seria um abuso. Mas houve alturas que passei das sete para as nove quintas, com a mininas e as noites. Foi bastante agradável Tété. Faltavas lá tu. Mas também percebo, meu querido afilhado, a tua vida não tem sido facil... tens 3 refeições por dia garantidas, cama e alojamento, não te podes queixar. Mas não te deves orgulhar. Apesar do teu querido tio já ter passado pelo mesmo, os tempos eram outros.
É verdade que havia drogados e boizolas, mas as pessoas eram educadas. não se misturavam nem eram violentos. No meu tempo os meus colegas desse establecimento estavam aí por darem porrada aos pretos, aos ciganos e até aos indianos, mas eram outros tempos... andavamos pela africa á porrada com essas gentes, era diferente. Havia também aqueles que davam porrada na mulher e no marido da amante, mas eram gentes educadas e viris. Não eram violentos como esses teus colegas, que mal te vêm a apanhar o sabonete do chão, ficam todos arrebitadinhos e te violentam sem parar.
Sei que tens orgulho em mim, por ter passado aí 3 anos e ter rebentado a caratonha e a dentadura a 4 guardas e a dois boizolas, mas não é por isso que tens que redimir os meus pecados e entregares-te de coraçaõ aberto a essas gentes.
Querido Tété, quando saires, e sei que está mais perto do que o juiz te disse , só por teres prestado uns favorzitos pessoais ao filho do director do establecimento, tens de te livrar das camisas de lantejolas e das calças de licra apertadas e das sandálias de brilhantes que me pediste para guardar com todos os cuidados.
Não julgues que já as deitei fora. Longe de mim tal ofensa... mas se as guardei junto da comida do cão e ele por coincidencia as esfarelou todas, não foi intencional... simplesmente não aguentava aquele cheiro a água de malvas, e guardei-as num lugar seguro.
tens que cortar o cabelo, despintar as unhas, e parares de por essa maquilhagem foleira. Não és nenhum Castelo Branco e tens uma rePUTAção a manter.
Do teu mais que tudo Padrinho
Tété
sexta-feira, agosto 04, 2006
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário