Tive, meus amigos, um fim de semana subliminar, talvez um tanto ou quanto Felliniano.
Depois deste 3 dias quase quatro, com o feriado do Santo António, o casamenteiro de Lisboa, fiquei com a tola virada.
Se por um lado recebi a boa notícia de que uns amigos se iam casar. Por outro tive que engolir a má e triste noticia que outros se tinham separado.
È o ciclo da vida, é natural é assim que a sociedade funciona. Mas se com as boas noticias aparecem duvidas sobre o futuro, com as más aparecem interrogações sobre o passado. É neste (des)equilíbrio que se vive.
Uns têm medo de dar o passo em frente para mais tarde não terem de dar um salto para trás. Outros atiram-se para a frente, sem pensar que podem cair.
Os novos futuros casais apressam-se a procurar todas a justificações e razões lógicas para o passo que tomam. Porque estão sozinhos e querem não estar. Porque é uma parvoíce viver assim há tanto tempo sem tomar uma decisão. Porque já que se aturam um ao outro como namorados, porque é que não se aturam como casados? É só um papel para alguns, é uma convicção para outros, é uma fase para uns, é uma vida para outros.
E é dentro destas apostas, que alguns mais tarde, resolvem voltar para trás. As razões são muitas, e por mais razões que haja, mesmo que não sejam razoáveis tenta-se a todo o custo encontrar uma possível justificação para o que se passou… “ talvez se eu tivesse feito assim em vez de assado” , “porquê que ela não fez isto e fez aquilo”.. há tantas formas de dar um nome ás coisas que são reais e ás vezes inevitáveis, que uma pessoa se perde por completo.
Depois há aqueles que vão tentando, vão caindo, vão se pondo de novo em pé, só que sempre que saem de uma queda, o levantar já traz outros passos, já não se levantam de uma só vez, procuram apoiar-se com segurança em tudo o que fazem dizem e sentem para que estejam o mais possível seguros do que fazem.
Mas será isso o amor? Será isso a paixão? Dar passos com cuidado ou dar passos no escuro só porque só assim é que sentem a adrenalina e a emoção.
Será que aquele arrepio na espinha já não é importante? Ou tudo tem de ser bem controlado para que tudo corra bem durante o maior tempo possível?
Muitas vezes as relações que nos parecem mais sólidas e duradouras são aquelas que caem mais rapidamente.
Quem está certo?
quarta-feira, junho 14, 2006
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1 comentário:
Quem está certo somos nós...que nos atiramos de cabeça sem ter medo da queda! Que queremos é ir,fazer e acontecer!Que avançamos sem ter medo dos obstáculos que podem aparecer.Que queremos é viver em vez de sobreviver!Que queremos acreditar que a paixão dura e perdura...
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