quinta-feira, novembro 17, 2022

50 anos de vida um milhão de

Já está, passou a barreira do meio século, das 5 décadas dos 50 anos dos 100 semestres... Minha querida irmã de meio sangue mas de coração completo. Não nos batemos como irmãos, nem bulhamos, nem nos invejamos por um ter isto e outro não... Não tivemos tempo para isso. Ela vivia ali, eu no outro lado. E assim continuamos. Volta e meia já miúdos, depois das nossas mães nos apresentarem, apaixonamos nos. Um pelo outro. Eu com uma irmã mais nova, ela com um mano mais velho. E assim ficamos. Hoje ela é mãe eu já sou pai, não perfeito mas bem melhor que o nosso. Agora vêmo-nos muitas vezes. Rimos choramos abraçamos e rimos, gozamos imaginamos como dois irmãos de toda a vida que não fomos porque não. Mas compensamos o tempo perdido, cheios de paixão, almas de irmãos de um pai ausente para ela e pouco presente para mim. Mas que nos uniu sem querer nem saber.
Agora completamo-nos e procuramos um passado para perceber o presente e vivermos o futuro. 
Uma bênção é o que é. 

quinta-feira, novembro 03, 2022

o meu Tito


O meu Tito. Não, não é melhor que o teu. Nem pode ser nunca. Porque o meu Tito era único. Era abstracto, era uma ausência. Nunca foi um grande amigo, pouco falávamos, pouco nos dávamos. O meu Tito, para mim não era ninguém. Não sei quando fazia anos, nem quantos anos tem. Não sei onde vivia, nem sei se vivia com alguém. O meu Tito era um estranho, e eu um estranho também. Sabíamos que éramos primos, disseram as nossas mães. Mas mesmo assim... Éramos afastados, longínquos... Nem eu nem ele tínhamos muito em comum. Nenhum sabia o que o outro fazia. Éramos estranhos, sempre fomos.
Só tínhamos uma coisa fantástica, mas isso não era meu era o meu Tito. 
Sempre que nos encontrávamos eram abraços de braços abertos apertados com um sorriso. Segredos de pequenas conversas fechadas entre primos que sabíamos que éramos nós, mas pouco interessava. Aliás nada interessava, quando o meu Tito chegava parecia superficial, mas não, eratão genuíno e puro,  caramba!! Que primo, que boa pessoa, que amigo! Obrigado Tito. Em tão pouco foste tanto
Saravá