O meu Tito. Não, não é melhor que o teu. Nem pode ser nunca. Porque o meu Tito era único. Era abstracto, era uma ausência. Nunca foi um grande amigo, pouco falávamos, pouco nos dávamos. O meu Tito, para mim não era ninguém. Não sei quando fazia anos, nem quantos anos tem. Não sei onde vivia, nem sei se vivia com alguém. O meu Tito era um estranho, e eu um estranho também. Sabíamos que éramos primos, disseram as nossas mães. Mas mesmo assim... Éramos afastados, longínquos... Nem eu nem ele tínhamos muito em comum. Nenhum sabia o que o outro fazia. Éramos estranhos, sempre fomos.
Só tínhamos uma coisa fantástica, mas isso não era meu era o meu Tito.
Sempre que nos encontrávamos eram abraços de braços abertos apertados com um sorriso. Segredos de pequenas conversas fechadas entre primos que sabíamos que éramos nós, mas pouco interessava. Aliás nada interessava, quando o meu Tito chegava parecia superficial, mas não, eratão genuíno e puro, caramba!! Que primo, que boa pessoa, que amigo! Obrigado Tito. Em tão pouco foste tanto
Saravá