terça-feira, maio 10, 2022

Mãe

Fez um mês, um mês antes dos oitenta, um mês depois de subir o último degrau.
Que vida meu Deus, que penitência. Que Amiga, dizem e sei.
Que irmã, dizem e vi
Que tia, dizem e percebi. 
Que Mãe! Nem calculam mas imaginam concerteza.
Que avó.... Senti, só espero deixar memória na neta tão piquena, que se gostavam tanto.
Que mulher! Que tudo!
Que sorte que tive. Que bom que foi.
Que delícia que é ter o coração quente a transbordar. 
Obrigado Mãe. 

quarta-feira, maio 04, 2022

Pindela

Ir a Pindela! 
Vamos visitar os primos!
Amanhã vamos lanchar a Pindela.

Não havia coisa mais agradável de ouvir.
E quem mandava era a minha avó. Lá no minha na quinta da Pedrafurada. Onde passava, passavam, passávamos, temporadas de Verão, semanas santas de Páscoa. Todos juntos, todos muitos.
E que bem que sabia ouvir a avó Gija.... Amanhã vamos a Pindela. 
Era o desejo dela, era o furor nosso. 
Pindela, é Pindela. É para todas as idades, para todos os sentimentos. 
Somos pikenos, vemos uma casa que é um castelo. 
Crescemos um bocadinho vemos que o castelo tem histórias e faz parte da história. 
Crescemos mais um bocado, ficamos orgulhosos por saber e perceber a história do castelo que é novo na casa, mas que a casa tem uma família que é velha na história. 
Depois vem o respeito e a responsabilidade. Uma casa dessas com uma história daquelas, onde a história se confunde, se liga, se exalta com uma Nação Valente. Não temos mais senão que ser humildes e dar graças a Deus por termos a correr um sangue tão nobre, tão velho, tão patriota.
Somos parte de um clã com mais de 500 anos. E  de um clube que não aceita sócios, só os recebe pela linhagem.
Só temos que cumprir. Respeitar é passar a grande herança que recebemos e só é nossa enquanto vivemos. 
Obrigado Avó Gija, obrigado Mãe, obrigado Pindela.