Era assim uma espécie de tudo junto, para o bom para o muito bom e para o óptimo, não tive tempo de estar muito junto nem passar muito tempo junto, mas do pouco tempo que de tempos a tempos passei durante algum bom tempo, se há coisa que não me esqueço e sempre lembro é daquele sorriso e daquela simpatia estampada na cara. Naquele carinho que nos aconchegava e me aconchegou desde o primeiro dia que me lembro de a ter conhecido na Conceição Velha.
Sabíamos que o respeito e a educação no trato e como tratar faziam parte dela, sabíamos que o riso e a boa disposição estavam juntas, e nunca nos falhava em nada. Mesmo nas alturas mais cerimoniosas havia sempre uma palavra de "quebra gelo", que nos, "enturmava" logo para que, dentro dos limites nos sentíssemos à vontade, mas nunca à vontadinha...Podia ser com Reis Príncipes ou com o sr. dos gelados junto à muralha.
Sempre que a via, via-a acompanhada com a yorkshire terrier, que a acompanhava sempre para todo o lado. Ao longo dos anos ainda tenho duvidas se foram várias ou se era sempre a mesma....
Sempre que a encontrava era em ocasiões festivas, ou estávamos com o neto Rodrigo, ou estávamos pela Golegã, ou parávamos na Lagoalva com o Rodrigo na altura da Golegã, ou aparecíamos em Cascais à procura do Rodrigo, ou com o Rodrigo ou no Fiat Uno da Maria do Carmo que nos abria as portas e lá de dentro saíamos onze...
Lembro-me das conversas naquela sala cheia de luz na Lagoalva, sobre tios e primos sobre idas ao Minho a visitar a nossa Perfurada.
Do carinho que nos recebia na caseta da Golegã, na palavra simpática e pronta, no saber como estávamos, e como andávamos. Era e é paragem obrigatória visitar os primos na altura da feira, a partir de agora mais triste em presença mas sempre rica em memórias.
E o orgulho que tinha em saber Avó de um grande amigo, Mãe de uma Mãe, e prima da minha própria Mãe, sentia-me importante!!
Olhava-a como uma Mãe-Avó que não era minha mas que secretamente a adoptava como se fosse só minha, quase a roçar a inveja.
Seguiu o seu caminho para junto dos que lhe querem muito, deixou muitos a quererem outro tanto. Contentes, como eu por se terem cruzado e por, sem percebermos, termo-nos enriquecido muito como pessoas.
Bastou um sorriso.
Obrigado
P.N.
A.M
quarta-feira, agosto 19, 2015
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